Desigualdades Informativas: Hábitos de consumo de informação pelos brasileiros e a influência dos fatores gênero, renda, idade, raça e posicionamento político
Palabras clave
- consumo de informação,
- redes sociais,
- mídia
- information consumption,
- social network sites,
- media
Cómo citar
Derechos de autor 2025 Del autor o autores

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Resumen
O presente artigo tem por objetivo avaliar quais os principais hábitos de consumo de mídia do brasileiro, com ênfase na influência exercida por fatores como gênero, renda, idade, raça e posicionamento político. Entendemos que a composição dessa cesta informativa tem certamente uma dimensão pessoal, baseada em interesses, escolhas e preferências individuais. Mas há também duas outras dimensões que impactam diretamente na forma como as pessoas compõem esses hábitos, são elas a estrutura e as dinâmicas das plataformas digitais e questões sociodemográficas relevantes, tais como gênero, idade, renda, raça e posicionamento político. Nossa pesquisa se concentra nas estruturas e dinâmicas das plataformas, com o intuito de entender por quais meios as pessoas costumam se informar, quais as plataformas de rede social mais utilizadas, quais veículos de mídia são mais consumidos, quais os hábitos relacionados a aplicativos de mensageria, dentre outros. Os resultados são baseados na realização de uma survey de abrangência nacional, que entrevistou 1549 brasileiros de todo o território nacional, em outubro de 2024. Dentre os principais achados, podemos destacar a centralidade das redes sociais como fontes informativas juntamente com a televisão, as diferenças marcantes entre as redes sociais mais utilizadas para se informar para homens (preferência pelo Youtube) e mulheres (Instagram), as variações de tipos de perfil para cada rede e o reflexo da polarização política na escolha de fontes.
Descargas
Citas
- Anderson, M. e Kumar, M. (2019): Digital divide persists even as lower-income Americans make gains in tech adoption. Washington, DC: Pew Research Center.
- Araujo, W. F. e Karhawi, I. (2023): «Todo mundo pode ser famoso com o algoritmo do TikTok’: Imaginários e saberes sobre eficiência algorítmica e potência viral». Anais do 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2023, PUC-Minas.
- Berzal, C. (2024): «Narrativas Políticas Transmedia como herramientas de comunicación gubernamental: Caso «Argentina Unida»». Revista Más Poder Local, (58): 70–97. DOI: https://doi.org/10.56151/maspoderlocal.191
- Bokase, M. (2023): «Exploring the Transformative Impact of Social Media on Behavior in Contemporary Society». Interdisciplinary Journal Papier Human Review, 4(1), 10-19. DOI: https://doi.org/10.47667/ijphr.v4i1.231
- CGI.BR – Comitê Gestor da Internet no Brasil (2023): Sistematização das Contribuições à Consulta sobre Regulação de Plataformas Digitais. São Paulo. Disponível em: https://cgi.br/media/docs/publicacoes/1/20231213081034/sistematizacao_consulta_regulacao_plataformas.pdf (Último acesso em 12 de março de 2025).
- Chadwick, A. (2013): The hybrid media system: Politics and power. Oxford: Oxford University Press.
- Fletcher, R.; y Nielsen, R. K. (2017): «Are news audiences increasingly fragmented? A cross-national comparative analysis of cross-platform news audience fragmentation and duplication». Journal of Communication, 67(4): 476-498. DOI: https://doi.org/10.1111/jcom.12303
- Goyanes, M. (2020): «The sociology of news consumption: A review of the literature». Sociology Compass, 14(3): e12765. DOI: https://doi.org/10.1111/soc4.12765
- Lynch, C. e Cassimiro, P. H. (2022): O populismo reacionário: ascensão e legado do bolsonarismo. São Paulo: Editora Contracorrente.
- Newman, N.; Fletcher, R.; Schulz, A.; Andi, S. e Nielsen, R. K. (2020): Reuters Institute Digital News Report 2020. Oxford: Reuters Institute for the Study of Journalism.
- NIC.br - Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (2024): Conectividade significativa: propostas para medição e o retrato da população no Brasil (en línea). Disponível em: https://cetic.br/media/docs/publicacoes/7/20240415183307/estudos_setoriais-conectividade_significativa.pdf (Último acesso em 14 de março de 2025).
- Nunes, F. e Traumann, T. (2023): Biografia do abismo. Río de Janeiro: Harper Collins.
- Oliveira Filho, J. I. D. (2024): Os primórdios do bolsonarismo: a utopia regressiva dos redpills. [Tese (Doutorado em Sociologia)] - Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.
- Pennycook, G.; Rand, D. G. (2019): «Fighting misinformation on social media using crowdsourced judgments of news source quality». Proceedings of the National Academy of Sciences, 116(7): 2521–2526. DOI: https://doi.org/10.1073/pnas.1806781116
- Pew Research Center (2018): «News Use Across Social Media Platforms 2018». Recuperado de: https://www.pewresearch.org/journalism/2018/09/10/news-use-across-social-media-platforms-2018/
- Pew Research Center (2019): «Where Millennials end and Generation Z begins». Disponível em: https://www.pewresearch.org/short-reads/2019/01/17/where-millennials-end-and-generation-z-begins (Último acesso em 11 de fevreiro de 2025).
- Reuters (2024): Reuters Institute Digital News Report 2024. Disponível em: https://reutersinstitute.politics.ox.ac.uk/sites/default/files/2024-06/RISJ_DNR_2024_Digital_v10%20lr.pdf (Último acesso em 12 de março de 2025).
- Santos, N.; Chagas, V. e Marinho, J. (2022): «De onde vem a informação que circula em grupos bolsonaristas no WhatsApp». Intexto, (53): 123603. DOI: https://doi.org/10.19132/1807-8583202253.123603
- Singh, S. (2023): «Demographic variations in media consumption: a comparative analysis». ShodhKosh: Journal of Visual and Performing Arts, 4(2): 2109–2117. DOI: https://doi.org/10.29121/shodhkosh.v4.i2.2023.3351
- Strömbäck, J.; Djerf-Pierre, M. e Shehata, A. (2018): «The dynamics of political interest and news media consumption: A longitudinal perspective». International Journal of Public Opinion Research, 30(1): 1-20. DOI: https://doi.org/10.1093/ijpor/eds018
- Stroud, N. J. (2010): «Polarization and partisan selective exposure». Journal of Communication, 60(3): 556-576. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1460-2466.2010.01497.x
- Tsfati, Y. e Cappella, J. N. (2005): «Why do people watch news they do not trust? The need for cognition as a moderator in the association between news media skepticism and exposure». Media Psychology, 7(3): 251-271. DOI: https://doi.org/10.1207/S1532785XMEP0703_2
- Van Zoonen, L. (1998): «A professional, unreliable, heroic marionette (M/F): Structure, agency and subjectivity in contemporary journalisms». European Journal of Cultural Studies, 1(1): 123–143. DOI: https://doi.org/10.1177/13675494980010010
