Núm. 61 (2025): Radiografía de Brasil en el marco de la comunicación política
Artículos

A polêmica do Caso Triplex na imprensa brasileira: construção e estabilização de antagonismos na cobertura política da prisão de Lula

Thais Barbosa de Almeida
Université Bordeaux Montaigne

Palabras clave

  • Lava Jato,
  • Caso Triplex,
  • Lula,
  • jornalismo,
  • cobertura política
  • Lava Jato,
  • Lula,
  • Triplex Case,
  • political coverage

Cómo citar

Barbosa de Almeida, T. (2025). A polêmica do Caso Triplex na imprensa brasileira: construção e estabilização de antagonismos na cobertura política da prisão de Lula. Más Poder Local, (61), 54-72. https://doi.org/10.56151/maspoderlocal.281

Resumen

Essa pesquisa aborda o tratamento jornalístico do Caso Triplex que levou Luiz Inácio Lula da Silva à prisão em abril de 2018. A análise estatística dos textos de 642 reportagens produzidas nas diferentes etapas do processo permite traçar uma perspectiva global e individualizada das representações oferecidas pelos principais jornais do Brasil na época (G1, UOL, Jornal Nacional, Folha de S. Paulo e Veja). A discussão dos resultados quantitativos a partir de uma perspectiva semio-discursiva traz à tona os fundamentos político-sociais presentes na representação jornalística do inquérito. Percebe-se que a cobertura estabilizou e perenizou temáticas polarizantes, criando um frágil estado de “polêmica pública” (Amossy, 2014) em torno do processo.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

  1. Albuquerque, A. (2005): «Another ‘Fourth Branch’: Press and political culture in Brazil». Journalism, 6(4): 486-504. DOI: https://doi.org/10.1177/1464884905056817.
  2. Albuquerque, A. de. (2021): «Populismo, Elitismo e Democracia: Reflexões a partir da Operação Lava-Jato». Mediapolis, Revista de Comunicação, Jornalismo e Espaço Público, 12: 17-31. DOI: https://doi.org/10.14195/2183-6019_12_1.
  3. Aldé, A. e Vasconcellos, F. (2008): «Ao vivo, de Brasília: Escândalo político, oportunismo midiático e circulação de notícias». Revista de Ciências Sociais, 39(2): 61-69. Recuperado de https://www.periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/508
  4. Amossy, R. (2014): Apologie de la polémique. Paris: Presses universitaires de France.
  5. Azevedo, F. A. (2010): «Corrupção, mídia e escândalos midiáticos no Brasil». Em Debate, 2(3): 14-19.
  6. Barbosa de Almeida, T. (2023): Lula en prison : une analyse multimédiatique de la polémique publique au Brésil dans la presse et sur Twitter autour de l’affaire Triplex (2016-2018).Limoges: Université de Limoges e Universidade Federal do Paraná.
  7. Barthes, R. (1991): L’aventure sémiologique. Paris: Éditions du Seuil.
  8. Chaia, V. e Teixeira, M. A. (2001): «Democracia e escândalos políticos». São Paulo em Perspectiva, 15(4):62-75. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-88392001000400008.
  9. Cioccari, D. (2015): «Operação Lava Jato: Escândalo, agendamento e enquadramento». Revista Alterjor, 12(2): 58-78.
  10. Engelmann, F. (2016): «Julgar a política, condenar a democracia? Justiça e crise no Brasil». Conjuntura Austral, 7(37): 9-16. DOI: https://doi.org/10.22456/2178-8839.66030.
  11. Feres, J.; Barbarela, E. e Bachini, N. (2018): «A Lava Jato E A Mídia». Em J. Feres Júnior e F. Kerche (orgs.): Operação lava jato e a democracia brasileira. São Paulo: Editora Contracorrente, pp. 199-229.
  12. Feres, J. e Sassara, L. de O. (2016): «Corrupção, escândalos e a cobertura midiática da política». Novos Estudos - CEBRAP, 35(2): 204–225. DOI: https://doi.org/10.25091/S0101-3300201600020011.
  13. Guazina, L. S. (2014): «Quando a cultura política e subcultura jornalística andam de mãos dadas». Anais do XXIII Encontro Anual da Compos, Universidade Federal do Pará.
  14. Lima, V. (2009): «Revisitando as Sete Teses Sobre Mídia e Política no Brasil». Comunicação & Sociedade, 30(51): 13-37. DOI: https://doi.org/10.15603/2175-7755/cs.v30n51p13-37.
  15. Maingueneau, D. (2014): Discours et analyse du discours: Une introduction. Paris: Armand Colin.
  16. Marion, P. (2003): «Les images «contre»: De la caricature à la cybercontestation». Recherches en Communication, 20: 127-153.
  17. Miguel, L. F. (2002): Política e mídia no Brasil episódios da história recente. Brasília: Editora Plano.
  18. Moirand, S. (2004): «L’impossible clôture des corpus médiatiques: La mise au jour des observables entre catégorisation et contextualisation». TRANEL. Travaux Neuchâtelois de Linguistique, Institut des sciences du langage et de la Communication, 71-92.
  19. Moirand, S. (2007): Les discours de la presse quotidienne. Observer, analyser, comprendre. Paris: Presses Universitaires de France.
  20. Motta, L. G., e Guazina, L. (2010): «O conflito como categoria estruturante da narrativa política: O caso do Jornal Nacional». Brazilian journalism research, 6(1): 132-149. DOI: https://doi.org/10.25200/BJR.v6n1.2010.25.
  21. Ratinaud, P. e Marchand, P. (2012): «Application de la méthode ALCESTE aux ‘gros’ corpus et stabilité des ‘mondes lexicaux’: Analyse du ‘CableGate’ avec IRAMUTEQ». Actes des 11ème Journées internationales d’Analyse statistique des Données Textuelles, 835-844
  22. Reinert, M. (1983): «Une méthode de classification descendante hiérarchique: Application à l’analyse lexicale par contexte». Cahiers de l’analyse des données, 8(2): 187-198.
  23. Rizzotto, C. C. (2012): «Constituição histórica do poder na mídia no Brasil: O surgimento do quarto poder». Revista de Estudos da Comunicação, 13(31):111-120. DOI: https://doi.org/10.7213/rec.v13i31.22403
  24. Rosanvallon, P. (2006): La contre-démocratie: La politique à l’âge de la défiance. Paris: Seuil.
  25. Rouveyrol, L. (2005): «Vers une logométrie intégrative des corpus politiques médiatisés. L’exemple de la subjectivité dans les débats-panel britanniques». Corpus, 4: 1-17. https://doi.org/10.4000/corpus.293.
  26. Sbaraini Fontes, G.; Sampaio, R. e Ferracioli, P. (2016): «Petrolão na mídia: O enquadramento de 18 meses da operação lava jato nas revistas impressas». Revista Agenda Política, 4(3):238-266. DOI: https://doi.org/10.31990/agenda.2016.3.9.
  27. SECOM (2016): Pesquisa Brasileira de Mídia 2016: Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira. Governo Federal - Secretaria de Comunicação Social (SECOM) da Presidência do Brasil.
  28. Telles, H. (2015): «Corrupção, legitimidade democrática e protestos: O boom da direita na política nacional?». Interesse Nacional, 30: 28–46.
  29. Tuchman, G. (1972): «Objectivity as Strategic Ritual: An Examination of Newsmen’s Notions of Objectivity». American Journal of Sociology, 77(4): 660-679. DOI: https://doi.org/10.1086/225193.
  30. Vieira, A. P. R. (2018): «A Cobertura Midiática e seus Efeitos para a Desconfiança na Política». Mediapolis - Revista de Comunicação, Jornalismo e Espaço Público, 5: 75-89. DOI: https://doi.org/10.14195/2183-6019_5_5.
  31. Voirol, O. (2005): «Le travail normatif du narratif. Les enjeux de reconnaissance dans le récit médiatique». Réseaux, 132(4):51–71.
  32. Wrona, A. (2014): «Une madone à Fukushima. La condition numérique du portrait de presse». Sur le journalisme, About journalism, Sobre jornalismo, 3(1): 170-181. DOI: https://doi.org/10.25200/SLJ.v3.n1.2014.137